Eu estava em uma livraria outro dia e dei de cara com um livro da Sophie Kinsella que ainda não tinha lido – foi lançado no Brasil em 2013, pela editora Record. Sophie é daquele tipo de autor que não interessa o que vem escrito na sinopse, eu compro simplesmente porque tudo que ela escreve sempre me agrada. O Segredo de Emma Corrigan é um dos meus livros preferidos. Por isso quando vi A Lua de Mel na prateleira, não pensei duas vezes.
Confesso que o livro não me agradou tanto quanto os outros dela e eu cheguei a pensar quando comecei a ler que minha teoria era furada. A estória é contada do ponto de vista de duas personagens principais, as irmãs Lottie e Fliss.
Sinopse
Ao se dar conta de que o namorado nunca vai pedir sua mão em casamento, Lottie toma uma decisão. Termina o compromisso com ele e diz o tão sonhado sim a Ben, uma antiga paixão, com quem ela havia prometido se casar se ambos ainda estivessem solteiros aos 30 anos. Os dois então resolvem pular o namoro e ir direto para uma cerimônia simples e seguir para a lua de mel em Ikonos, a ilha grega onde eles se conheceram. Mas Fliss, a irmã mais velha da noiva, acha que Lottie enlouqueceu. Já Lorcan, que trabalha na empresa de Ben, teme que o casamento destrua a carreira do amigo. Fliss e Lorcan então elaboram um plano para sabotar a noite de núpcias do casal e impedir que os noivos cometam o maior erro de suas vidas.
A verdade é que achei Lottie meio chata e por isso posterguei um pouco a leitura, me arrastando até pelo menos a metade do livro. O que me fez seguir em frente aos tropeços foi Fliss, mãe de um menininho de 7 anos com uma criatividade além dos limites sociais, em meio a um divórcio que a está deixando louca, que ama tanto sua irmã – de quem ela cuida como uma mãe, já que a delas não foi um grande exemplo – e por isso se mete em super confusões para garantir sua felicidade.
Lottie é uma pessoa que não lida muito bem com términos de namoro, sempre deixando Fliss desesperada antecipando qual a loucura que ela inventará após seus rompimentos. Mas quando Lottie está certa de que Richard, seu namorado, vai pedir sua mão em casamento e ele não o faz, Fliss tem certeza que dessa vez será pior que as anteriores. Ela só não imagina o quanto, quando Lottie lhe telefona dizendo que reencontrou um antigo amor – vivido há 15 anos em uma temporada na Grécia – e que se casará com ele. No dia seguinte. Para poupar tempo e enrolação.
Fliss entra em desespero e tenta de tudo para tirar a idéia maluca da cabeça de sua irmã. Nesse meio tempo ela conhece Lorcan, o melhor amigo e advogado de Ben, futuro marido de sua irmã, com quem ela achava que poderia contar para ajudá-la a terminar com a confusão que os dois estavam criando. Quando ela estava certa que havia convencido a irmã a adiar o casamento, e ter tempo de conhecer melhor seu noivo, Lorcan atrapalha a situação – não intencionalmente – e quando Fliss fala novamente com a irmã, no dia seguinte, esta já está casada e partindo para sua lua de mel na Grécia. E Fliss fará de tudo para que o casamento não seja consumado, permitindo que haja um anulamento quando ela conseguir chegar no hotel onde eles estão hospedados e fazer Lottie perceber que não deveria ter feito aquilo.
A sinopse não é muito boa, porque Lorcan não a ajuda a sabotar a lua de mel deles, ele na verdade fica meio horrorizado quando ela conta o que está fazendo para impedir que eles sejam felizes. E a faz duvidar sobre estar fazendo ou não a coisa certa.
Afinal, será que ela está indo longe demais tentando destruir a lua de mel dos dois? E se Ben realmente for o amor da vida de Lottie? Estará ela destruindo a chance de sua irmã ser finalmente feliz em um relacionamento só porque ela tem medo que Lottie sofra em um casamento como ela sofreu?
Cada capítulo é contado do ponto de vista de uma, então eu precisava passar pelos de Lottie, para poder ler as aventuras de Fliss. A partir do meio o livro ficou muito mais legal e, exatamente para saber o que aconteceria com Fliss, acabei lendo a segunda metade até de madrugada e não descansei enquanto não acabei.
Realmente não é o livro mais incrível da Sophie, mas é divertido, atual e cheio de micos, o que é de seu estilo e por isso vale a pena persistir e chegar ao final. Risada garantida em diversas passagens.